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De “Game of Thrones” a “Stranger Things”: Onde as Grandes Séries Acertaram (e Erraram) o Final?

De "Game of Thrones" a "Stranger Things": Onde as Grandes Séries Acertaram (e Erraram) o Final?

O final de uma série é, sem dúvida, um dos momentos mais aguardados e, por vezes, mais temidos pelos fãs. Após anos de dedicação a personagens e tramas, a conclusão tem o poder de solidificar o legado de uma produção ou, em um piscar de olhos, desapontar milhões. De obras-primas complexas a fenômenos da cultura pop, as grandes séries enfrentam o desafio de amarrar pontas soltas, oferecer arcos de personagens satisfatórios e entregar uma mensagem final que ressoe com o público. Mas nem sempre o caminho é fácil, e muitos finais dividem opiniões.

Neste artigo, vamos mergulhar nos desfechos de algumas das séries mais icônicas da TV, analisando onde elas acertaram em cheio e onde, talvez, deram uma escorregada, gerando debates acalorados entre a audiência. Prepare-se para relembrar momentos emocionantes e reviravoltas polêmicas!


Game of Thrones: O Amor e o Ódio do Trono de Ferro

Poucas séries na história da televisão geraram tanto buzz e discussão quanto Game of Thrones. Baseada nos livros de George R.R. Martin, a saga de Westeros conquistou o mundo com sua narrativa complexa, personagens multifacetados e reviravoltas chocantes. O final, porém, foi recebido com uma polarização sem precedentes.

Onde Acertou: A série sempre foi sobre o ciclo vicioso do poder e a futilidade das guerras, e nesse ponto, o desfecho até que foi coerente. A destruição do Trono de Ferro por Drogon, simbolizando o fim de uma era de tirania, foi um momento visualmente impactante e de grande peso simbólico. A coroação de Bran, o Quebrado, como rei, mesmo que inesperada para muitos, pode ser interpretada como uma escolha que prioriza a sabedoria e a história sobre o poder bélico ou a linhagem, alinhando-se à ideia de que um governante não precisa ser um guerreiro, mas alguém com conhecimento.

Onde Errou (para muitos): As críticas mais veementes recaíram sobre a aceleração do ritmo narrativo nas últimas temporadas, especialmente na oitava. Arcos de personagens importantes, como o de Daenerys Targaryen, que de libertadora se transformou em “Rainha Louca” de forma abrupta, foram considerados apressados e pouco desenvolvidos. A falta de profundidade em certas decisões e o descarte de profecias e subtramas que pareciam cruciais deixaram muitos fãs com a sensação de que o final não honrou a complexidade construída ao longo de anos. A resolução para o Rei da Noite também foi vista como anticlimática, dada a ameaça que ele representava.


Stranger Things: Nostalgia, Amizade e o Perigo Sempre à Espreita

Stranger Things se consolidou como um fenômeno global, mesclando nostalgia dos anos 80, suspense sobrenatural e personagens cativantes. Embora a série ainda não tenha chegado ao seu final, a quinta e última temporada já está confirmada e as expectativas são altíssimas. Analisando as conclusões das temporadas anteriores, podemos especular sobre os desafios que os roteiristas enfrentarão.

Onde Acertou (nas conclusões de temporada): A série tem um talento nato para criar finais de temporada que amarram bem os arcos dos personagens e as ameaças imediatas, ao mesmo tempo em que deixam ganchos instigantes para o futuro. A valorização da amizade, do sacrifício e da coragem dos jovens protagonistas é sempre um ponto alto, culminando em momentos emocionantes e cheios de heroísmo. O tom agridoce de algumas despedidas e a persistência da ameaça do Mundo Invertido mantêm a tensão e o engajamento.

Onde o Desafio Reside (para o final definitivo): O grande desafio para o final de Stranger Things será equilibrar a nostalgia que a tornou famosa com a necessidade de uma resolução definitiva e satisfatória para a saga do Mundo Invertido. Manter a coerência com a mitologia construída ao longo das temporadas e dar a cada personagem seu devido encerramento, sem perder a essência que conquistou os fãs, será crucial. Muitos esperam que o final seja grandioso, mas também que preserve a intimidade e o foco nos laços entre os personagens, que sempre foram o coração da série.


Breaking Bad: A Perfeição do Declínio

Considerada por muitos uma das maiores séries de todos os tempos, Breaking Bad acompanhou a transformação de Walter White, um professor de química em traficante de drogas. Seu final é amplamente elogiado pela crítica e pelos fãs.

Onde Acertou: O final de Breaking Bad, “Felina”, é um exemplo de encerramento quase perfeito. Walter White aceita seu destino, dá um desfecho para seus inimigos e, de alguma forma, busca redenção ao garantir o futuro de sua família e libertar Jesse Pinkman. A série foi fiel à sua premissa até o fim: a história de um homem que abraça sua natureza sombria. A execução foi impecável, com cada cena e diálogo contribuindo para um desfecho coerente e satisfatório, que não deixou pontas soltas significativas e fechou os arcos dos personagens de forma orgânica.

Onde (quase) Não Errou: É difícil apontar erros significativos no final de Breaking Bad. Talvez, para alguns, a resolução para certos personagens secundários pudesse ter sido mais elaborada, mas isso seria forçar a barra. O foco permaneceu em Walter e Jesse, e o desfecho de suas jornadas foi o que realmente importou.


Lost: O Mistério e a Espiritualidade

Lost foi um fenômeno cultural que cativou milhões com seus mistérios, flashbacks e flashforwards. No entanto, seu final, “The End”, gerou um dos maiores debates na história da televisão.

Onde Acertou: O final de Lost acertou ao focar na jornada emocional e nos relacionamentos dos personagens, que sempre foram o cerne da série. A ideia de que o “céu” ou a “vida após a morte” era um lugar onde eles se reencontrariam, superando seus traumas e encontrando paz, trouxe um encerramento emocionalmente satisfatório para muitos, especialmente para aqueles que valorizavam mais o desenvolvimento dos personagens do que as explicações científicas para cada mistério da ilha.

Onde Errou (para muitos): As maiores críticas ao final de Lost foram a falta de respostas concretas para muitos dos mistérios que a série plantou ao longo de seis temporadas. A ilha, seus poderes, os ursos polares, o monstro de fumaça, a DHARMA Initiative – muitos elementos ficaram sem uma explicação lógica ou foram abordados de forma vaga. Isso frustrou uma parcela significativa dos fãs que esperavam um desfecho que amarrasse todas as pontas soltas da mitologia complexa da série.


Conclusão: O Desafio do Legado

O final de uma série é um equilíbrio delicado entre cumprir as expectativas do público, honrar a visão dos criadores e entregar uma conclusão que faça sentido dentro do universo estabelecido. Enquanto algumas séries, como Breaking Bad, conseguem a proeza de serem amplamente aclamadas, outras, como Game of Thrones e Lost, demonstram o quão difícil é satisfazer a todos.

A verdade é que cada final é único, e a maneira como ele é recebido depende muito da conexão individual do espectador com a obra. O importante é que essas discussões continuam, provando que, mesmo após o último episódio, as grandes séries continuam vivas na memória e nos debates dos fãs. E você, qual final de série mais te marcou, para o bem ou para o mal? Deixe sua opinião nos comentários!

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