As escadas rolantes estão em praticamente todos os shoppings, estações de metrô e grandes centros comerciais do mundo. Elas são uma invenção engenhosa que nos ajuda a subir e descer andares com muito menos esforço. Mas existe uma polêmica curiosa que intriga engenheiros, urbanistas e até psicólogos sociais: andar nas escadas rolantes não é uma boa ideia.
Calma, não estamos dizendo que é proibido ou que você vai ser preso por isso — mas há razões técnicas, de segurança e até de eficiência coletiva que mostram por que ficar parado do lado direito (ou esquerdo, dependendo do país) pode ser a melhor escolha. Vamos explorar essas razões e entender por que você talvez devesse repensar o hábito de “subir andando”.
1. A ilusão da eficiência individual
A maioria das pessoas que anda na escada rolante acredita que está economizando tempo. Afinal, se ela já está se movendo sozinha, e você anda sobre ela, vai chegar mais rápido, certo?
Sim e não. Para você, individualmente, pode até parecer mais rápido. Mas em locais movimentados, o hábito de andar nas escadas rolantes reduz a capacidade total da escada transportar pessoas. Ao deixar um lado livre para os apressados, você está usando apenas metade da escada, o que cria filas maiores e mais lentas do que se todos estivessem parados, ocupando os dois lados.
Estudos em cidades como Londres e Tóquio mostraram que, em horários de pico, permitir que todos fiquem parados nas escadas rolantes aumenta significativamente a eficiência do fluxo de pessoas — justamente porque mais gente consegue usar a escada ao mesmo tempo.
2. Segurança em primeiro lugar
Outro ponto importante é a segurança. Escadas rolantes são projetadas para um tipo de uso: estar em movimento e transportar pessoas em pé. Ao andar ou correr nelas, o risco de tropeçar, escorregar ou perder o equilíbrio aumenta. E se você estiver com bagagens, sacolas ou empurrando um carrinho, esse risco dobra.
Além disso, em caso de um tropeço ou queda de uma pessoa andando, o efeito dominó pode ser perigoso — especialmente em escadas muito longas, como as que encontramos em metrôs ou grandes estações. Já pensou escorregar no meio da escada e derrubar outras pessoas?
Por isso, muitos locais recomendam (e até sinalizam) que os usuários permaneçam parados durante o trajeto da escada rolante. É mais seguro para todos.
3. A engenharia por trás das escadas rolantes
As escadas rolantes são feitas para suportar pesos e movimentos específicos. Quando uma pessoa anda sobre ela, principalmente descendo, o impacto no mecanismo interno é diferente. Embora a maioria das escadas modernas suporte esse tipo de uso, o desgaste a longo prazo aumenta quando o uso não é uniforme.
Empresas de manutenção e fabricantes recomendam o uso equilibrado da escada rolante, com as pessoas paradas e distribuídas ao longo dos degraus. Isso garante não apenas segurança, mas maior durabilidade do equipamento.
4. Cultura e hábito social
Em muitos países, existe a “regra não oficial” de parar de um lado e deixar o outro livre para quem quer andar. Isso varia: em Londres, por exemplo, o lado esquerdo é para andar; em São Paulo, o direito é para parar.
Mas essa convenção, apesar de prática para alguns, não é a mais eficiente em locais de grande fluxo. Campanhas educacionais em cidades como Tóquio e Washington D.C. tentaram incentivar as pessoas a ficarem paradas nos dois lados da escada durante os horários de pico, e o resultado foi claro: mais gente se deslocando mais rapidamente, mesmo sem andar.
É um bom exemplo de como o comportamento coletivo supera a vantagem individual.
5. Uma mudança de mentalidade
É curioso pensar que algo tão simples como uma escada rolante levanta questões sobre eficiência, segurança, comportamento humano e até engenharia urbana. Mas é exatamente isso que torna essa discussão tão interessante!
Às vezes, pequenas mudanças no nosso dia a dia — como ficar parado em uma escada rolante — podem representar um impacto positivo coletivo, reduzindo riscos, melhorando o fluxo e até preservando os equipamentos públicos.
Então da próxima vez que você entrar em um shopping ou estação de metrô, e vir uma escada rolante, lembre-se:
Você não precisa andar. E, na verdade, talvez nem devesse.
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